O tempo não fecha sozinho: por que precisamos de rituais para encerrar ciclos

  • 25/11/2025
(Foto: Reprodução)
O tempo não fecha sozinho: por que precisamos de rituais para encerrar ciclos – Crédito: Divulgação No calendário, o ano termina em 31 de dezembro, na vida real, não é tão simples. Encerrar um ciclo não é apenas virar a página ou mudar o número na data. Requer processamento, significado e algum tipo de gesto que marque: isso acabou, algo novo começa. Sem esse movimento consciente, a experiência de continuidade se perde e a sensação é de que tudo se repete, sem pausa. Pesquisadores em comportamento e saúde mental chamam isso de lacuna de transição: o espaço entre um fim e um começo. Quando essa lacuna não acontece, a mente segue como se ainda estivesse em estado de esforço contínuo. É por isso que o fim do ano, para muitos, chega acompanhado de cansaço, ansiedade e a sensação de que "o tempo passou rápido demais". Em diferentes culturas, rituais de encerramento surgiram como forma de organizar simbolicamente o tempo. Eles servem para: registrar o que aconteceu reconhecer esforço e trajetórias criar sentido para o vivido e permitir descanso mental para começar um novo ciclo Na prática, o ritual funciona como uma ponte entre o passado e o futuro. E essa ponte pode ser simples: uma reunião de fechamento, uma despedida, uma conversa de balanço, um agradecimento, um gesto de celebração. A ausência desses marcos faz o ano parecer um bloco contínuo — sem início, meio e fim. No trabalho, a falta de fechamento cobra preço Ambientes corporativos acelerados tendem a pular etapas: fecha-se o trimestre e já se inicia o próximo; entrega-se uma meta e já se estabelece a seguinte; um projeto acaba e outro começa imediatamente. Sem tempo para reconhecer o caminho percorrido, o colaborador entra em modo de produção contínua — e não em ciclo. Estudos da Universidade de Oxford mostram que equipes que não vivenciam rituais de fechamento apresentam maior exaustão emocional e menor sensação de propósito ao longo do tempo. Rituais não precisam ser grandiosos Eles podem ser discretos, cotidianos e objetivos. O que define um ritual não é o tamanho, mas a intenção. Pode ser: um agradecimento coletivo um encontro informal uma conversa de balanço ou um gesto simbólico que represente conclusão No Brasil, a cesta de Natal se tornou um desses símbolos ao longo das décadas. Não só pelo seu conteúdo, mas pelo que ela marca: o reconhecimento de um percurso. Quando ela chega à casa do colaborador, ela não marca apenas o fim do ano — ela torna o fim visível. Terminar um ciclo não é apenas encerrar tarefas. É permitir respiro, pausa e reorganização interna. Sem isso, o próximo ciclo começa sobre um terreno desgastado. Encerrar é, portanto, um ato de cuidado — consigo, com o outro, com a relação. No fim, a pergunta que fica é simples: Você virou o ano ou apenas seguiu correndo?

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/capital-das-cestas-nosso-sabor-de-natal/noticia/2025/11/25/o-tempo-nao-fecha-sozinho-por-que-precisamos-de-rituais-para-encerrar-ciclos.ghtml


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